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Um espírito, vestido de humano, na faina de bem cumprir sua missão na terra.

sexta-feira, 6 de março de 2015

Diversity

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

O Sapo e a Rosa

Além de consultoria em vendas e marketing, que exerço como profissão, tenho a atividade de psicanalista, sou terapeuta holístico, a qual pratico por paixão. Sem ferir a ética inerente ao exercício quase sacerdotal deste trabalho, quero relatar hoje um episódio que vivenciei, tem alguns anos, e me veio à mente ao ver passeando na rua, ontem, um casal onde a mulher tinha uma beleza exuberante e o homem que a acompanhava era, no mínimo, uma figura estranha...aparentando ser bem mais velho e seus traços, nada harmônicos, permitem-nos catalogar como um ser humano muito feio mesmo.
Caminhavam abraçadinhos, como dois jovens namorados e, as demonstrações explícitas de carinho, deixavam, sem sombra de dúvidas, concluir que estavam perdidamente apaixonados.
Estava em meu consultório quando a paciente do primeiro horário da tarde, se fez anunciar com pontualidade britânica, ao entrar fiquei deslumbrado com a sua beleza; uma mulher alta, cabelos cor de mel, pele bronzeada e olhos de um azul claro da cor do céu de verão ao amanhecer. Um sorriso, rápido e nervoso, deixou visualizar dentes muito brancos, como das modelos que fazem comercial de creme dental, alinhamento perfeito, como tudo aliás naquela mulher de corpo escultural.
Em seu aperto de mão breve e vigoroso, pude perceber que estava muito nervosa, sua mão estava gelada e transpirando. Depois das apresentações, já que era sua primeira visita ao meu consultório,
expliquei como atuava, de maneira nada ortodoxa, diga-se de passagem, ela já tinha uma ideia do meu método de atendimento, comentado por uma amiga que havia sido minha paciente e a qual havia me indicado. - Questionei o que a trazia ao meu consultório e como poderia ou imaginava que eu poderia contribuir para a solução de seus problemas.
Ela me contou em detalhes, que vou resumir aqui, como estava sofrendo com pressões familiares e de amigos pessoais e colegas de trabalho, todos absolutamente a censuravam de forma exacerbada por haver deixado o marido e um casamento de quatro anos para viver com um homem bem mais velho e, ela própria, considerava de uma aparência muito feia mas, com o qual se sentia feliz como nunca antes houvera se sentido em sua vida. Estava começando a sentir-se em dúvida se retornava ao antigo marido, um bom homem, mas que não a realizava em nenhum aspecto e ficava em paz com todos que a rodeavam ou, se perseverava no seu novo relacionamento que estava completando dois anos e rompia com todos, desde familiares até colegas do trabalho e amigos em geral. Queria um parecer, um conselho, um direcionamento, estava sentindo-se perdida.
Respirei fundo e, depois de alguns segundos de silencio, contei para ela a estória do sapo e da rosa, que agora vou contar a todos (é possível que muitos conheçam mas, é linda).
O sapo era amigo de uma linda rosa e passavam seus dias conversando muito com ela. Um dia próxima da roseira, duas margaridas e uma cobra conversavam sobre como a dupla era estranha uma rosa tão linda e exuberante amiga de um sapo de aspecto tão asqueroso. A rosa ouviu este diálogo e decidiu que tinham razão e mandou o sapo nunca mais aparecer ali....o sapo era muito apaixonado pela rosa mas, mesmo sofrendo muito, aquiesceu ao pedido e se afastou. Alguns dias depois, o apaixonado sapo não resistiu e voltou ao lugar onde vivia sua linda rosa. Seu coração ficou apertado, a ex-bela flor estava caída, suas pétalas se espalham pelo chão, ao redor e ela estava definhando com os ataques das moscas que antes o seu amigo sapo se incumbia de transformar em refeição. Ele também vinha da lagoa próxima e se chacoalhava perto dela mantendo-a molhada mesmo sob o calor do sol, isso várias vezes ao dia. A rosa, quase sem forças, pediu perdão ao sapo e suplicou que ele nunca mais se afastasse dela porque era alguém que ela havia descoberto amar e só ele a mimava e protegia, além de ser um companheiro fiel....
Concluindo, disse a minha mais nova paciente, a pouca importância das aparências em face dos nossos verdadeiros valores e daquilo que realmente é de valia na vida. Disse-lhe finalmente que a resposta estava dentro do seu coração, bastava-lhe ouvi-lo e seguir suas orientações.
Um sorriso diferente aflorou nos lábios da minha paciente e um brilho nos olhos me fizeram supor que havia alcançado o objetivo...Ela nunca mais voltou e, dois meses depois me ligou e para me contar que estava muito feliz, vivendo seu romance com o seu "sapo", que era tudo de bom, em outro emprego, em outro bairro da nossa cidade e, aos poucos, as pessoas que a queriam bem estavam aceitando o seu novo relacionamento. Foi o mais rápido tratamento que realizei até hoje, com final, como todos, graças à Deus, feliz.

sábado, 10 de janeiro de 2015

Um chute na religião

Tem alguns anos, no entanto recordo-me do impacto que um gesto intempestivo de um pastor evangélico causou na população brasileira. O referido pastor, após inflamado discurso contra a padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, desfere violento pontapé na imagem da santa.
Tudo devidamente transmitido em rede nacional pela televisão que, aliás pertence ao pastor chefe do referido pastor em questão. Foi uma verdadeira comoção nacional, com desagravos e réplicas agressivas, em todos os veículos de comunicação. Afinal de contas o Brasil é um dos maiores países católicos do mundo e a afronta foi repelida de forma exacerbada, quase com violência.
Diz um antigo adágio popular que em matéria de política, futebol e religião não se deve dar palpite.
A religião, mais que a política e o futebol, além de conter elementos de paixão, implica na fé, na crença, nos valores pelos quais pessoas se regem e o Islamismo não é diferente exceto, talvez, pelos contornos de fanatismo que encerra, e são usados por alguns grupos para disseminar seus duvidosos valores os quais são traduzidos por ações desmedidas e violentas.
Os direitos tem parâmetros bastante claros: o meu direito termina quando tangencia com o seu.
Nenhum cartunista, ou seja lá qual for a profissão do cidadão, lhe dá o direito de, sob qualquer forma, a que título queira justificar, fazer gozação e ridicularizar uma profissão de fé. 
Por tudo o que foi exposto, acredito que a tragédia que se abateu sobre a França, já era um fato de previsão conhecida e esperada. Desafiar a ira dos radicais muçulmanos tinha resposta já definida.
A reação foi desmedida, foi extremada, no entanto, os que morreram sabiam antecipadamente os riscos que estavam correndo por saberem sobejamente com quem estavam mexendo.
Agora não adianta chorar sobre o sangue derramado. Ninguém tem o direito de achincalhar com a fé de quem quer que seja e, principalmente, dar um chute na religião.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

E chegou 2015

Estamos iniciando mais um ano e, como sempre, vem carregado de um clima de esperanças renovadas, de inúmeras promessas, de grandes e pequenas mudanças, de planos e de sonhos.
Muitos fazem balanços de suas vidas, muitos sentem-se felizes com seus resultados, outros sentem-se frustrados e, em todos os casos, encontram motivos em suas alegrias e tristezas para fazerem ou renovarem promessas de alterações ou continuarem perseverando em seus caminhos.
O tempo é exatamente o mesmo e a sua divisão não passa de uma criação humana. Já disse um poeta que foi genial quem dividiu o tempo em pedaços e isso era uma forma de renovação de esperanças.
Evidentemente que não foi nada tão romântico que levou o homem a fracionar o tempo mas, que o reinício induz ao recomeço da contagem e, com ele, o novo começo para a renovação isso é inegável.
Vamos pois, com toda a nossa energia, arregaçar as mangas para começar tudo de novo, ainda que seja de forma inalterada.
Não poderia ser diferente com este seu escriba e, sob a emoção do reinício da contagem do tempo, vamos  nesse tempo tão implacável, e a cada dia mais escasso, buscar encontrar, alguns minutos com regularidade, na semana, para deixar pensamentos e críticas do cotidiano.
Se você, que agora está lendo estas linhas de promessas, ao iniciar o ano, puder me dar o presente da sua opinião e seus comentários, vai me deixar imensamente feliz. 
Que possamos comungar e compartilhar de opiniões e pensamentos, ainda que divergentes, somente a interação faz com que a vida se faça sentir. Depois de uma infinidade de acontecimentos e mudanças na vida do colunista, ao longo de todo o ano findo, ele pode, finalmente dizer: e chegou 2015.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

O bacamarte – Sem Teto e sem vergonha na cara!


O chamado centro velho da cidade de São Paulo amanheceu hoje num verdadeiro caos.
Os noticiários de todos os veículos já comentaram a exaustão, com profusão de imagens, as cenas de guerra ocorridas entre a polícia e os invasores de um imóvel, juntamente com um bando de vagabundos oportunistas da rua, vindos rechear o bando de vagabundos oportunistas invasores e   que se infiltraram para tentar saquear os estabelecimentos comerciais.
Apareceu um advogado do chamado Movimento dos Sem Teto! Como é que pode haver tanta articulação? De onde vem o comando dessa gente? Quais os verdadeiros objetivos dos que manipulam essa massa e se mantém nas sombras?
Um  grupo de famílias vindos sabe Deus de onde, liderados sabe-se lá por quem, simplesmente resolvem invandir uma propriedade; se instalam e vão ficando, sem pagar um centavo para morar em um ponto privilegiado e caríssimo, em pleno centro da maior cidade da America Latina.
Como é que fica o direito do legítimo proprietário do imóvel (que provavelmente paga uma pequena fortuna de IPTU todos os anos)? Tem que se aborrecer com tudo isso, ver seu patrimônio se deteriorar e ser destruído por gente que de nenhuma forma derrubou um gota de suor para conseguir o seu espaço e que simplesmente resolveram se apropriar do bem alheio.
O absurdo é tão grande que não existem palavras para comentar tamanho descalabro.

Sem Teto? O correto é Sem Vergonha na Cara!!! Coisas de um país que apesar de posicionar-se entre as dez maiores economias do planeta é constituído por uma esmagadora maioria de semi-analfabetos, conduzidos por uma camarilha de safados que exploram, vilipendiam e diuturnamente roubam o chamado bem público, desviando valores que são, na forma de impostos, roubados dessa massa e, principalmente dos que trabalham e corretamente recolhem os seus inumeros tributos.
Assino e Dou Fé!

terça-feira, 9 de setembro de 2014

A Miragem


Beauty Fair 2014 e, mais uma vez, o espetáculo se faz presente.
Durante quatro dias, de 06 à 09 de setembro, centenas de firmas se aglomeram em amplo espaço na zona norte de São Paulo, a maior cidade da América Latina,  apresentando ao público em geral o resultado de suas pesquisas e descobertas que objetivam tornar as mulheres e homens mais atraentes.
Alquimistas do terceiro milênio, com suas poções mágicas e sortilégios vem propor a mudança da forma, da estrutura, da cor, do estilo dos cabelos; esticar a pele, eliminar ou disfarçar as rugas do rosto, firmar seios e nádegas, alongar cílios, decorar e colorir as unhas, esculpir  novo corpo, desenhar  novas sobrancelhas...
Milhares de pessoas vivem da atividade de, com sua habilidade., utilizando todo o arsenal de  líquidos, pós, cremes e máquinas, tornarem mulheres e homens diferentes do que são para encantarem outras mulheres e homens, seja com uma nova aparência ou simplesmente com um odor que seja atrativo e atuem como  feromônios artificiais.
A própria beleza, enquanto conceito, se altera no seu modelo e nos seus parâmetros ao longo dos tempos e ao sabor das sempre mutáveis regras dos modismos.
As pessoas, na busca da aparência que esteja em voga além, e principalmente, da eterna juventude, gastam o que tem e o que não tem para alcançarem estes objetivos, colocando seus cabelos, rostos, corpos nas mãos de cabeleireiros, esteticistas, massagistas, maquiadores, pedicures, manicures, enfim, um verdadeiro exército de reformadores da aparência dos seus semelhantes.
Realmente poder-se-ia escrever laudas e mais laudas de verdadeiros tratados filosóficos, sociológicos e psicológicos a cerca deste verdadeiro fenômeno, a dominar a esmagadora maioria dos seres humanos, que se espalham por toda a face da terra a qual, no entanto, não passa de uma grande e bela miragem.